No Paraná, onde o Caminho da Mata Atlântica percorre 500,1 km terrestres e de rotas aquáticas, as circunstâncias se apresentam ao fortalecimento de comunidades rurais, sendo o turismo mediador nestes processos.
O Caminho da Mata Atlântica é forte quando suas comunidades estão fortalecidas e preparadas para oferecer serviços, vivências e experiências. O turismo apresenta-se como ativo àquelas comunidades – uma alternativa econômica a quem privilegia seus patrimônios natural e cultural. É com essas comunidades que o Caminho quer se fortalecer enquanto destaca as peculiaridades e experiências de cada uma.
Por isso ao longo de 2023 e 2024 o CMA esteve presente em duas comunidades rurais ao longo da sua rota no Paraná com o objetivo de colaborar para que estas desenvolvam e qualifiquem comunitariamente suas capacidades turísticas com foco na conservação, valorização de saberes locais e geração de renda.
Em ambas comunidades foram realizadas pesquisas de campo, entrevistas informais, engajamento de atores dos territórios e oficinas participativas com os moradores. Ao longo desses processos foi possível aos facilitadores identificar e destacar as potencialidades de cada uma das comunidades. Ambos processos e informações mapeadas foram sumarizados em forma de uma documentação norteadora para cada uma delas a fim de servir de apoio para a implementação do planejamento turístico e de conservação das comunidades.
Comunidades envolvidas
Comunidade Agroflorestal José Lutzenberger
Assentamento rural com 20 famílias seguindo princípios da agroecologia, cooperação e regeneração da paisagem ao longo do Rio Pequeno, em Antonina. Após mais de vinte anos de ocupação recentemente a Comunidade garantiu a posse da terra, permitindo que novas atividades sejam pensadas e desenvolvidas por seus moradores. Saiba mais sobre a Lutzenberger neste link.
Rio Sagrado
Bairro rural em Morretes com mais de mil moradores no sopé da Serra do Mar, porta de entrada para o Parque Nacional Guaricana e lar de diversas espécies em um dos mais extensos remanescentes preservados da Mata Atlântica. Recentemente os moradores tomaram conhecimento do projeto de ferrovia Nova Ferroeste que pode ameaçar a existência da comunidade. Saiba mais sobre o Rio Sagrado!
Realização: Instituto Caminho da Mata Atlântica.
Equipe do projeto: Felipe Timmermann Gonçalves, Samara Tanaka e Amanda Liara Selivon.
Financiamento: Heidehof Stiftung.