Os Estados Unidos são referências quando o assunto são trilhas, especialmente as de longo percurso. Para se ter uma ideia, o país conta com mais de 80 trilhas com mais de 100km e pelo menos 20 que passam de mil km. Por isso é por lá que ocorre um dos maiores simpósios sobre trilhas do mundo, o International Trail Symposium.
Em sua 23ª edição, esta edição do Simpósio ocorreu entre 7 e 10 de maio, na cidade de Dayton, Ohio. O evento reuniu gestores de parques do mundo inteiro, além de guias e entusiastas de trilhas. O WWF-Brasil participou ao lado da World Trails Network apresentando uma palestra com o tema Trilhas e Natureza: Conectando comunidades à responsabilidade ambiental (Trails and Nature: Connecting Communities to Biodiversity and Environmental Responsibility).
A palestra, realizada por Daniel Venturi (WWF) e Galeo Saintz (WTN), reuniu cerca de 40 pessoas e apresentou o movimento Borandá, uma iniciativa do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF-Brasil que estimula o contato do homem com a natureza por meio de trilhas e atividades outdoor, como voluntariado, gincanas e sala de aula ao ar livre.
O projeto, que tem uma série de parceiros, também incentiva a criação do Caminho da Mata Atlântica, uma trilha de 3 mil quilômetros que ligará o Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro, passando por Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A ideia é criar a primeira trilha de longuíssimo percurso (mais de mil quilômetros) do Brasil, assim como existem nos Estados Unidos (Appalachian Trail, por exemplo) e outros países, como Portugal (Caminho de Santiago) e Canadá (The Great Trail).