A realização de atividades ao ar livre em áreas naturais é uma forma de aproximar as pessoas da Mata Atlântica e das Unidades de Conservação, estimulando o sentimento de valorização e proteção da natureza e promovendo o reconhecimento da importância das áreas protegidas para a economia, o lazer e a saúde.
Dentre as atividades recreativas, o montanhismo, em sua modalidade caminhada em trilhas, foi identificado como uma das atividades mais praticadas no Brasil em uma pesquisa do Ministério do Turismo de 2010.
Por que criar uma cultura de atividades ao ar livre?
Valorizar a natureza
As trilhas levam as pessoas a descobrir ou redescobrir a beleza cênica dos ambientes naturais, criados pela natureza. Para crianças que vivem nos centros urbanos, este contato direto com o ambiente natural ajuda a formar memórias positivas e permanentes, criando uma conexão para toda a vida, além de um amor pelas atividades ao ar livre. Muitos dos adultos que lideram a luta pelo meio ambiente adquiriram este amor quando tiveram contato com a natureza quando crianças.
Saúde
É fato. As crianças de hoje praticam menos atividades ao ar livre do que os prisioneiros. O Movimento Borandá nasce como alternativa saudável para que elas pratiquem essas atividades. Para os adultos, caminhar ou correr regularmente têm impacto também na saúde pública, na medida em que ajuda a diminuir a necessidade de tratamentos custosos para doenças do coração, diabetes, obesidade e hipertensão.
Renovação urbana, história & cultura
As trilhas ajudam as pessoas a terem um contato mais direto e frequente com o entorno de suas cidades e comunidades. Além disso, as trilhas, especialmente as localizadas em regiões com forte conteúdo histórico, ajudam as pessoas a conhecerem melhor as heranças históricas e culturais da sociedade.
Economia
As trilhas podem ajudar e dinamizar a economia tanto em regiões urbanas, como rurais, já que alimenta uma cadeia de valores complexa, que inclui alojamentos, aluguel de equipamentos, roupas e vestimentas, merchandising, guias e serviços de turismo conexos etc. De acordo com a Associação Americana da Indústria Outdoor, em 2012 o setor girou 646 bilhões de dólares e criou cerca de 6,1 milhões de empregos.
Além disso, a visitação em trilhas já está sendo utilizada como uma ferramenta de conservação em países como os Estados Unidos, onde 30 trilhas, dentre elas a famosa Appalachian Trail, são designadas legalmente como área protegida. Nesse sentido, a implementação de um caminho que interliga as trilhas, caminhos e travessias, muitas já existentes, dentro do bioma da Mata Atlântica é um sonho que tem sido cunhado há alguns anos (veja o histórico aqui).
Como resultado da sua implementação, nossos objetivos são:
- Estimular a cultura de vida ao ar livre por meio do uso de trilhas
- Promover a estruturação das trilhas nas áreas naturais
- Gerar na sociedade um sentimento de pertencimento à Mata Atlântica
- Engajar a sociedade na proteção da Mata Atlântica
- Ampliar as oportunidades de visitação em unidades de conservação
- Promover a recuperação da Mata Atlântica