A Mata Atlântica está entre os ambientes de maior diversidade biológica do planeta. Abriga 140 milhões de pessoas e cerca de 70% da atividade econômica do país. Apesar de fortemente impactada, resiste hoje em mais de 700 unidades de conservação.
Nesse dia 27 de maio o Caminho da Mata Atlântica renova seu compromisso em defesa do bioma e convida 9 fotógrafos para ajudar a chamar a atenção para a importância da conservação desse patrimônio natural , histórico e cultural. A exposição traz imagens de diversas áreas da Mata Atlântica em trabalhos autorais dos fotógrafos Marcos Amend, Vitor Marigo, José Caldas, Gustavo Pedro, Felipe Fittipaldi, Rafael Duarte, João Rafael Marins, Juliana Colussi e Ernesto Viveiros de Castro.
O Caminho da Mata Atlântica é uma entre muitas iniciativas que buscam sensibilizar as pessoas por meio do ecoturismo responsável. Muito além de implantar uma trilha: busca fortalecer as iniciativas locais de turismo sustentável, promover a proteção e recuperação de corredores ecológicos e incentivar o engajamento da sociedade na conservação do bioma.
CELEBRE, REFLITA, LUTE
Há mais de 30 anos, Marcos Amend se dedica à conservação e ao registro fotográfico de ambientes naturais em todo o mundo. Conciliando o trabalho na área ambiental com a fotografia, teve oportunidade de viajar pelos cantos mais remotos do Brasil e vários outros países em todos os continentes, incluindo a Antártica. Mas sua paixão pelo mato nasceu mesmo na Mata Atlântica: já na adolescência, foi nos riachos, cachoeiras e trilhas da serra do mar que escolheu a natureza como caminho de vida.
@marcosamend
Fotógrafo carioca, cresceu acostumado a acompanhar seu pai, um importante fotógrafo de natureza, em expedições Brasil e mundo afora. Começou a fotografar aos 22 anos, depois de formado em Comunicação Social pela ESPM-RJ. Desde então, contribui para diversas agências e publicações, e participa de importantes festivais e exposições. Quando precisa recarregar as baterias, Vitor sempre busca refúgio em sua pequena casa na Serrinha do Alambari, uma linda região de Mata Atlântica, e seu segundo lar desde criança. Hoje, aos 37 anos e viciado em adrenalina, sua maior paixão é documentar esportes de aventura e a incrível natureza do nosso país.
@vitormarigo
Fotógrafo especializado em natureza e documentação
geográfica, desde 1989 viaja intensamente pelo Brasil. Tem doze livros publicados sobre diversas regiões, três deles sobre a Mata Atlântica; ”Mata Atlântica – Coração Verde do Brasil”, Paper Mill Editora, 2001, ”Serra da Mantiqueira”, Zonainternet Editora, 2003 e ”Serra dos Órgãos”, Doiis Editora, 2007. Participou de mais nove livros com outros fotógrafos. Tem seus trabalhos publicados nas principais revistas e jornais brasileiros e fotos distribuídas internacionalmente. Participou de várias exposições nacionais e internacionais com temas ligados ao meio ambiente e cultura popular. É fundador e ex-presidente da AFnatura.
@caldas7412
Carioca ambientalista associado do Grupo Ação Ecológica-GAE, ex coordenador da Câmara Técnica de UCs do Consemac/Rio, co-fundador da Associação de Fotógrafos de Natureza-AFNATURA, produtor cultural com diversas publicações de livros nacionais e internacionais, exposições fotográficas e concursos de valorização da Mata Atlântica, turismo sustentável, criação de unidades de conservação e proteção da biodiversidade. Destaques para o livro Parque Estadual dos Três Picos, campanha SOS Floresta do Camboatá, e co-produção do Avistar Rio.
www.gustavopedro.com.br
Felipe Fittipaldi é fotógrafo bacharel em Comunicação e pós-graduado em Imagem e Comunicação. Seu trabalho foca nas questões humanas relacionadas a transformações culturais e ambientais. Nos últimos anos tem colaborado com instituições e publicações como The New York Times, National Geographic Society, Nações Unidas, The Guardian, The Nature Conservancy, entre outras. Em 2018, foi selecionado para o World Press Photo 6×6 Talent Program. Em 2019 foi contemplado com o National Geographic Society Explorer Grant para desenvolver um projeto fotográfico a longo prazo focado em questões ambientais. Em 2020 passou a fazer parte da coleção permanente da Biblioteca Nacional da França (BnF). Apresenta aqui um ensaio sobre o Projeto de reflorestamento de Mata Atlântica nativa na Serra da Mantiqueira, financiado pela The Nature Conservancy (TNC). As árvores retratadas tem apenas 1 ano de vida e foram plantadas por membros da comunidade local que antes trabalhavam com desmatamento e agora fazem parte do projeto.
@felipe.fittipaldi
Fotógrafo, documentarista e jornalista carioca, Rafael Duarte expôs em galerias da França, Inglaterra, Espanha e Brasil em coletivas e individuais, com fotos publicadas em diversos veículos internacionais e nacionais, tais como National Geographic, VICE, Digital Photographer e O Globo. Mestre em “Cinema e Audiovisual” pela Université de Paris 1 Panthéon-Sorbonne (Paris), é diretor dos documentários “RIO de olhares únicos”, “Além dos sonhos” e “Whiteout”. É também autor dos fotolivros “RIO”, “Abrolhos – Terra e Mar” (Bambalaio, 2016), finalista do Prêmio Jabuti 2017, “Expedição Miramundos Estrada Real” (Bambalaio/2013) e “Trilha Transcarioca – Guia de Bolso” (2017). Duarte usa a fotografia para provocar reflexões sobre o comportamento humano, documentar os patrimônios naturas do planeta e promover a conservação dos bens naturais, históricos e culturais do mundo.
@rafaelduartephotography
Nascido na cidade do Rio de Janeiro, foi morar na região da Costa Verde com 4 anos de idade, na Vila Residencial de Praia Brava, município de Angra dos Reis. Desde pequeno sempre foi fascinado por bichos e essa paixão de criança foi crucial na decisão de se tornar um biólogo. Atualmente é analista ambiental na Gerência de Unidades de Conservação, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e é um dos coordenadores de um programa de ciência cidadã, o Vem Passarinhar RJ, cujo o enfoque é a observação de aves. Começou com a fotografia de natureza em 2013, com o objetivo de retratar a fauna do Parque Estadual do Desengano.
@joaorafaelmarins
Designer e fotógrafa com especialização em Design Editorial pelo Istituto Europeo di Design. Atua em projetos com foco na área de meio ambiente e há 12 anos na produção de publicações técnicas e científicas pelo Serviço Geológico do Brasil. Participa desde 2015 do projeto Caminho da Mata Atlântica, desenvolvendo identidade visual, sinalização, materiais de divulgação, participando de oficinas e fotografando diversos pontos da trilha. É coautora do livro “Um Caminho para a Mata Atlântica”, com Ernesto Viveiros de Castro, e atualmente é coordenadora de comunicação do projeto. Entre 2012 e 2016 produziu materiais gráficos e placas de sinalização como voluntária para o Parque Nacional da Tijuca. Atua como freelancer em projetos editoriais, logotipos, identidade visual e produzindo peças gráficas para parceiros como o Projeto Refauna, Instituto Moleque Mateiro, INEA e WWF Brasil.
@jucolussi
Biólogo, mestre em ecologia, fotógrafo e apaixonado pela Mata Atlântica desde criança. Analista ambiental do ICMBio, já foi gestor dos parques nacionais da Tijuca e da Serra dos Órgãos e coordenou o turismo em todos os parques nacionais. Atualmente cursa o doutorado na Universidade da Flórida estudando a relação entre trilhas de longo curso e a conservação da natureza. É o idealizador do Caminho da Mata Atlântica e percorreu grande parte da trilha, divulgando o projeto, pesquisando e fotografando para o livro “Um Caminho para a Mata Atlântica” (publicado com Juliana Colussi pela Editora Bambalaio). Divulga suas fotos e conta histórias dos parques e trilhas pelo mundo buscando sensibilizar pessoas em seu perfil no instagram.
@ernestovcastro_photo